Título alternativo: "Previously, on this same blog..."
Aviso prévio: Quem não quiser ler reclamações (Ranting gratuito) a respeito dos problemas encontrados no relacionamento intra e entre clãs - possível base de comparação e análise de várias situações similares ocorrendo em vários ambientes similares - pule este post.
Nem tanto por estar sobrecarregado como da última vez que postei sob este título, mas mais por uma questão de coincidência temática, pois ocorre outro tipo de transbordo.
Na última vez, comentei por cima a respeito da nossa saída do clã EliteBR. Não entrei em detalhes devido a algum resto de ética que eu provavelmente ainda tinha na época. Mas, como não é mais o caso, vamos à recapitulação.
Logo que a UltimaThule saiu do Cabal Online BR, nos mudamos para o Lineage II. Apesar de ser um jogo com o qual já estávamos familiarizados, nunca havíamos jogado no Servidor Oficial. Durante todo nosso tempo em servidores private, víamos quem jogava no oficial com um misto de curiosidade, reverência e pena. Finalmente percebemos que só precisávamos ver estas pessoas com pena mesmo, por estarem se perdendo num private enquanto tinham o Oficial como opção aberta.
Fomos recebidos pelo EliteBR no server Franz - estaríamos jogando no Phoenix, se não fosse por isso. Uma ótima recepção, por sinal, com muita prestatividade e a oferta de um jogo "Pela Diversão". Poderíamos escolher as classes que quiséssemos, pois o clã não encarava o jogo de uma forma tão séria que fosse nos gerar estresse por causa disso. Receberíamos toda a ajuda de que precisássemos.
Imediatamente começamos a evoluir nossos personagens, utilizando o mínimo de ajuda possível, tanto para não estorvar, quanto para não gerar cobranças prematuras e indesejadas. Como dizem, quando a esmola é muita, o Santo desconfia. Foi consenso entre nós que ajudas mais vultosas fossem retornar mais tarde como cobranças que, se não fossem atendidas, nos taxariam como "traidores" ou "aproveitadores". Alguns de nós, inclusive, negaram completamente qualquer auxílio, mantendo-se independentes, na esperança que isso os fosse livrar deste destino. Ledo engano, pois não havia fuga deste destino.
Tive esperança de que tudo daria certo, pois o ambiente proposto realmente estava evoluindo muito bem. Tivemos uma certa perda de tempo com alguns objetivos propostos para o clã, como encarar Raid Bosses de nível baixo, por exemplo, mas seguimos normalmente apesar disso. Não seria um desperdício de duas semanas parados no mesmo nível que nos faria reclamar e estragar o clima.
A princípio estranhamos a incrível quantidade de bots no jogo. Em um servidor privado isso seria impensável, pois há muito mais atividade anti-bot do que no Oficial. Com o tempo, nos acostumamos não só a isso, mas também ao fato de que, durante a maior parte do dia, a maior parte do clã não estava realmente no controle dos personagens. Ainda assim, eles estavam lá logados, upando...
Vimos alguns membros do clã batendo boca por causa disso. Vimos argumentos vazios e acusações cegas de ambos os lados. Mantivemo-nos, ainda assim, neutros a toda a situação. Até para tentar manter o clima. Foi neste ponto que tive certeza de como as coisas se desenrolariam, pois havia um grande fator gerador de desequilíbrio no clã, relacionado à liderança do mesmo.
Conversamos entre nós e percebemos que um dia seria a nossa vez de encarar a Silvinha. Todos que se atravessavam no caminho dela tinham que escolher entre o caminho dela ou o caminho da rua. Literalmente um "My way, or the highway". Mais cedo ou mais tarde um de nós estaria no caminho dela, intencionalmente ou não. O que faríamos quando isso acontecesse? Essa era a principal questão.
Por melhor que tenha sido a acolhida proporcionada pelo EliteBR, ainda éramos um grupo mais antigo e anterior à nossa própria chegada no Line. A menos que fosse por algum erro que nos ofendesse gravemente, não teríamos porque abandonar um dos nossos. No final das contas, foi uma questão irrelevante, transformada em uma ofensiva tempestade num copo d'água.
Apesar das vítimas do fato serem o Solaufen e a Suzannah, todos nós nos sentimos atingidos em conjunto, até porque já vínhamos sofrendo cobranças de desempenho desde antes, coisa que não se esperaria num clã "4Fun", mas que coincidiam tremendamente com um Clã que se viu subitamente alçado à possibilidade de se tornar "algo mais", crescendo além de eternos níveis 5 e 6. Infelizmente, ao crescer o olho sobre o nível do clã, acabou-se colocando a carroça na frente dos bois e já não podíamos nos mover sem sentir que havia vigilância e controle sobre os nossos resultados para o grupo maior.
O que começou com nossa atenção sendo chamada repetidas vezes para as Ballistas das Fortresses, acabou como uma discussão agressiva por conta de personagens secundários abaixo de nível 40 que estavam fora da Academia do Clã. Em um resumo radical, era o desabafo de alguém que estava se sacrificando pessoalmente para que o Clã ganhasse mais pontos de Clan Reputation e, consequentemente, pudesse passar mais cedo para o nível 7.
Este desabafo rapidamente virou uma crucificação do Solaufen e da Suzannah, por não estarem usando seus personagens low-level dentro da Academy, por estarem operando um "Clã Concorrente" - sendo que este Clã Secundário estava segurando todos os nossos personagens que não cabiam na Academia e estavam esperando por vagas para serem úteis para o EliteBR, ou personagens que já haviam passado do 40 há tempo e não contariam mais para nada. Mas quem diz que a criatura estava disposta a ouvir qualquer explicação?
Considerando que a Academy estava quase lotada de personagens parados, que não estavam sendo upados por falta de tempo dos donos - nem todos tem o mesmo tempo disponível para poder passar os dias upando chars e/ou a cara-de-pau para upar com bot e depois querer cobrar up dos outros.
Considerando que um "sacrifício pessoal" deveria ser um ato altruísta e não focado em um pensamento do tipo "eu estou me sacrificando e ninguém está se sacrificando junto". Logo, uma pessoa que optou por isso não deve ficar cobrando o mesmo dos outros, pois ninguém assinou um contrato ao entrar no clã dizendo que deveríamos seguir o exemplo superior e passarmos todo o nosso tempo, disponível ou não, fazendo exatamente as mesmas coisas. Compreendo a questão de agir pelo bem do clã, mas discordo que deva-se largar mão da diversão para isso.
Em meio a toda a situação, o clima interno do clã, que já vinha estando desagradável para nós por semanas, terminou de azedar, pois quase todos nós tínhamos algum char parado na nossa Academia ou no Clã Secundário. No final das contas, chegamos ao ponto em que a Silvinha não queria aceitar que estava exagerando na dose e, ao mesmo tempo, Solaufen e Suzannah preferiam estar fora do clã do que continuar nessa situação de cobra-não-cobra.
Quando a Silvinha veio esclarecer a situação, explicando que essa atitude dela era parte de sua personalidade e até mesmo algo esperado, pois ela seria "faca na bota". Infelizmente, já havia passado do limite para todos e, em uma enquete da UltimaThule, decidimos nos retirar em conjunto e, quem sabe no futuro, voltar ao EliteBR com mais nível e mais condições de ajudar. No processo, percebemos que, ao mesmo tempo em que ela acabou sendo bem menos "faca na bota" do que se considerava, pois voltou atrás na própria convicção de que não estávamos nos esforçando o suficiente - provavelmente quando se deparou com as consequências dos próprios atos e palavras - nós acabamos nos mostrando mais determinados e, um a um, deixamos o clã.
Os últimos dentre nós a logar - 2 ou 3 pessoas - já se encontravam expulsos, gerando o desabafo do nosso ex-líder, Gemeos:
"Traidores"? Yeah, right. Way to go para a forma de encarar as coisas. Se quisesse o bem do clã, ele já teria assumido as rédeas e impedido que o canhão descontrolado ao lado dele ficasse chutando o rabo de deus e o mundo quando entra em TPM. De nada adianta ele ficar querendo construir se sua cara-metade é tão eficiente em destruir.
Corrijam-me se eu estiver errado, mas quando um grupo declara "Guerra" contra outro, costumam haver combates e muitas mortes. Pelo menos todas as guerras que me forçaram a estudar nos livros de história apresentam o mesmo padrão, especialmente quando um grupo detêm mais poder individual por soldado do que o outro.
No caso da Guerra decretada, acho que somente a Silvinha tentou - com ênfase no tentou - caçar algum membro do DarkStalkers e falhou miseravelmente em matar uma Dark Elf Assassin com 30 níveis a menos. De resto, nunca houve qualquer outra agressão além da declaração inicial. Grande guerra esta...
No caso da Guerra decretada, acho que somente a Silvinha tentou - com ênfase no tentou - caçar algum membro do DarkStalkers e falhou miseravelmente em matar uma Dark Elf Assassin com 30 níveis a menos. De resto, nunca houve qualquer outra agressão além da declaração inicial. Grande guerra esta...
Enfim, já segui o objetivo proposto e larguei tudo o que esteve transbordando durante algum tempo.
"No, Marge. It's Overflowing!"
O gatilho para isto foi a última série de Banimentos que passou pelo Franz, que incluiu 2 Heroes, uma dúzia de chars 75+, ao menos um grupo de chars 80+ e, inesperadamente, um char relacionado à Silvinha.
As reações do pessoal, ao saber, foram mistas, envolvendo pesar, identificação e, em alguns casos, risos incontroláveis, por parte de quem se sentiu injustiçado na época e viu, no novo desenrolar de eventos, uma certa ironia do destino.
2 comentários:
Òtimo Post, eu fui um que deu gargalhadas por saber que ela perdeu o qe tinha na conta alem do char
Torna-se tudo muito simples quando temos um grupo de pessoas que curtem jogar juntos e que possuem os mesmos ideais.
Bem... nosso santo realmente não bateu com o da EliteBr.
Não que eu seja rancorosa ou algo parecido... mas a gente colhe aquilo que planta ^^
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