quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Uma Boa Sessão Maldita de RPG

Título Alternativo: "Best Freaking Game Session. Ever."

Começou de forma tranquila. Ou tão tranquilo quanto pode ser uma sessão de RPG - AD&D - com personagens jogadores malignos.

Como era de se esperar, os jogadores exacerbaram todas as formas de crueldade que puderam imaginar. Catarse, talvez?

Também, como era de se esperar, parece que os cérebros de todos os membros do grupo tiram folga coletiva durante a diversão. Profanidades à parte, nossa missão de exploração envolvia chegar às ruí nas de uma cidade devastada por um dragão e localizar um grimório perdido. Para facilitar a situação, poderíamos usar um Forte nas proximidades.

O Forte, entretanto, estava tomado por Gnolls, que deveríamos matar, escravizar ou contratar, afim de podermos contar com ajuda na exploração da cidade. Nenhum problema até o momento, pois tínhamos poder de fogo suficiente para lidar com Gnolls.

O grupo era composto por um Necromante Curandeiro Meio-Lich, uma Guerreira Elfa Alcoólatra e Libidinosa, um Dragoniano com Predileção por Metais Estranhos, uma Clériga Drow devota à Divindade do Ódio, um Minotauro mais Esperto do que a Média e um Ladino Drow com um Pendor por Jovens Aprendizes (Michael Jackson cover?). O alinhamento do grupo encontrando-se alguns andares abaixo do Chaotic/Evil, claro.

A primeira decisão foi a de não atacar fazendas nas proximidades, evitando chamarmos a atenção das tropas do Reino ou de Heróis da Vizinhança. Então teríamos poucas buchas de canhão. Primeiro erro.

A segunda decisão foi a de entrar nas florestas em torno do Forte sem nenhum plano. Não sabíamos sequer os equipamentos e habilidades de cada membro do grupo, quanto mais definirmos como reagiríamos a ataques ou emboscadas. Segundo erro.

A terceira decisão foi a de avançar com nossa carroça logo que nos encontramos em uma emboscada. O grupo ficou dividido e viramos alvos fáceis. Terceiro erro.

Para completar o cenário - o grupo acima, acompanhado por uma escrava, contra cerca de 50 Gnolls - estávamos razoavelmente prontos para enfrentar Gnolls, mas não tínhamos quase nada que nos protegesse contra o veneno quase letal com o qual eles banharam suas lanças e virotes de besta.

Um a um os membros do grupo foram caindo:

Rhogar, o Dragoniano, morreu envenenado, após ser crivado de virotes enquanto voava e atacava os Gnolls pelo alto. Foi esquartejado após a morte e carregamos seus pedaços para ressuscitá-lo ou transformalo em uma panela de strogonoff. O que viesse primeiro.

O Minotauro Aldebaron morreu envenenado e perfurado por dezenas de Gnolls. Quase foi salvo pela Clériga, mas já era tarde demais. Após morto, foi castrado pela escrava - estuprada por ele anteriormente - antes de virar almofada de adagas.

Aleste, a Clériga sobreviveu aos Gnolls, entrando em um estado de fúria similar ao Berserk, mas muito mais difícil de contornar, encerrar ou controlar. Após eliminar os oponentes, ela se voltou contra o próprio grupo, terminando crivada de flechas, à beira da morte. Teve a vida salva pelo resto do grupo, com os ferimentos estabilizados e as flechas retiradas.

Por segurança, o ladino usou cordas para amarrar e imobilizar a drow. Tal visão acabou atiçando a libido de Luthien, a elfa guerreira, que partiu imediatamente para abusar sexualmente da ainda ferida companheira de grupo. Linor, o Necromante meio-Lich, sempre acompanhando Luthien em suas "atividades extra-curriculares", gostou da idéia e serviu-se do lado disponível da Clériga, terminando de profaná-la, sem saber que os novos poderes que a Divindade da Morte lhe havia concedido acabariam por drenar a energia vital nela existente.

Imediatamente, Aleste gelou e morreu. Morta da forma mais inesperada e absurda que jamais imaginamos ver. Até então o Necromante já vinha usando almas alheias e sangue para se curar, mas não havia ainda drenado a energia vital de seres vivos de nenhuma forma. Claro que ele também não havia sodomizado nenhuma criatura viva até aquele momento.

Linor, percebendo que inadvertidamente matara a companheira de grupo, só teve tempo de expressar seu espanto, antes de sofrer com um tipo de maldição da Deusa do Ódio. O mesmo tipo de Fúria Berserk, mas mais forte e incontrolável do que com a Clériga - e mantendo a possibilidade de usar estratégias e magias normalmente.

Após mais alguns sustos e combate entre os próprios membros do grupo, o Necromante foi aprisionado e considerado "além de qualquer chance de recuperação". Assim sendo, Luthien terminou decapitando Linor, encerrando a sessão de jogo com apenas dois sobreviventes em um grupo de 6 jogadores.

Estamos melhorando nossa marca! *-*

A seguir, um novo Paladino da Morte!

Obs.: Ao pedir por cura, sempre cuide para que o membro do grupo que for atender não confunda com "curra". ^^

4 comentários:

Solaufen disse...

Isso explica por que não devemos deixar o necromante na retaguarda... Ele sempre flanqueia com o inimigo, e esse tipo de "sneak attack" sempre termina dolorosamente para a "vítima".

Mas ambos (clériga e necromante), sairam deste mundo mostrando os dentes e pelo jeito, molhadinhos xD

Como só estamos em 2,5 membros atualmente, o melhor é ir "de volta ao planejamento"...

P.S. MJ é a @#$%#@¨#&¨%&# XD

Alex Reis disse...

Nossa, esse tópico foi a coisa mais "Nerd" q lí nos últimos tempos...
Maus ae, Skald...

Skald Arnok disse...

Tive que maneirar bastante na linguagem. ^^

Tem outro detalhe que esqueci de ocmentar. Enquanto o grupo inteiro ria, o muxoxo que ficou o jogador da drow foi indescritível.

Anônimo disse...

Ah sim na lápide pode colocar o nome da pobre mulher. O nome era Aleste.

Hun uhn. Ora bolas qualquer um ficaria do jeito que fiquei. Esperava morrer de todas as formas, mas currado é o fim da picada.

Parafraseando o cafajeste dos cafajestes Michael Douglas em um de seus memoráveis filmes:

Nick Conklin: I usually get kissed before I get fucked.

Filme: Black Rain.