sexta-feira, 25 de setembro de 2009

World of Warcraft - Próximo Destino

Um Breve Histórico

Para aqueles que podem não saber a respeito ainda - muito difícil, considerando-se a premissa deste blog - a ambientação de World of Warcraft tem suas raízes na profunda mitologia construída a partir da série de jogos de estratégia em tempo real (RTS) semi-homônima, Warcraft.

O Warcraft original

Com uma reputação bem estabelecida, a série Warcraft ocupava seguramente uma fatia expressiva do mercado de jogos deste estilo. A renovação trazida pelo terceiro jogo da série aumentou suficientemente a base de fãs fiéis ao ponto da Blizzard arriscar o lançamento de seu MMO em cima desta base.

Uma jogada difícil, pois incorre em uma mudança de estilo de jogo para os fãs da série. Entretanto, como vários conceitos mais relacionados ao RPG do que ao RTS já estavam implementados no Warcraft 3, talvez já pudesse ser considerada apenas uma extensão da experiência de jogo, em relação à conectividade multiplayer crescente que os predecessores já traziam.


Mundo com Conteúdo

Os fãs de longa data passaram a poder andar e conhecer o mundo onde até então só podiam gerenciar recursos, comandar a produção de unidades e guiá-las para os combates mais ou menos demorados.

A partir da perspectiva de um único personagem, tendo um novo ponto de vista para o jogador, é que veio o primeiro trunfo de WoW: Um mundo grande, vivo, amigável e, principalmente, familiar.

As pessoas, locais, unidades e eventos que já eram conhecidos a partir da história dos 3 jogos de estratégia que antecederam WoW, cada qual com suas respectivas expansões, agora poderiam ser, também, alvo de uma interação a nível pessoal por parte dos jogadores. Foi praticamente a experiência de ver um mundo de fantasia virar realidade, mesmo sendo somente uma realidade virtual.

A extensão e importância do conhecimento prévio dá um novo valor para os jogadores da série anterior, quando estes chegam a locais como as Burning Steppes, onde Grom Hellscream caiu em combate contra o Lorde Demoníaco Mannoroth; ou Ironforge, a imponente e inexpugnável residência montanhosa dos Anões. Os heróis lendários, como Thrall, Cairne Bloodhoof e o Rei Magni Bronzebeard, também estão todos no jogo, cada qual governando seus respectivos povos e raças a partir de suas capitais.

Os Guardas de Stormwind têm a exata aparência dos Footmen de Warcraft III. Os aldeões da cidade humana de Hillsbrad se parecem exatamente como os Peasants dos jogos anteriores, assim como os Peões Orcs nas fazendas Go'Shek, em Arathi Highlands.

Os jogadores Night Elves podem ver, de um novo ponto de vista, os Ancient Protectors que patrulham as terras élficas de Teldrassil, assim como o enorme Ancient of War que recepciona todos os visitantes que chegam a Darnassus.

Mas o conteúdo relacionado a conhecimentos anteriores não se limita ao que foi criado para o lançamento do jogo, nem mesmo a somente uma mídia. A ambientação se expande, ao mesmo tempo em que se alimenta, para mídias alternativas, como romances, livros de RPG, cards colecionáveis, jogos de tabuleiro e até mesmo um filme. Isso sem contar com as injeções de conteúdo que ocorrem em pequenas doses, em patches, ou em doses massivas, durante as expansões oficiais do jogo.


Interatividade Reversa

Em suma, mais do que ser um mundo grande ou um mundo vivo, é um mundo com uma história passada que, além de se poder conhecer dentro do jogo, pode ser encontrada também fora. É possível, por exemplo, jogar Warcraft III e presenciar muitos dos acontecimentos que afetaram profundamente o mundo de WoW, acompanhando em primeira mão a origem de vários locais e personagens do mundo.

Esta interatividade reversa é mais um dos conteúdos relacionados que ajudam a enriquecer a experiência neste mundo. Outros jogos já tentaram, mas creio que somente o Final Fantasy XI e o Warhammer Online sejam os que mais se aproximem deste relacionamento entre o MMO e uma série predecessora.

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