sexta-feira, 4 de julho de 2008

Diário de Guerra de um Duelista - II

03.07.08 - Floresta Mutante - Entrada

Após a digitação do código da Floresta Mutante no pequeno painel da Pedra-Guia, a vibração sutil do teletransporte precede o momento em que a realidade parece piscar. No instante seguinte, já me encontro junto à saída da passagem que liga a Floresta Mutante às profundezas da Floresta do Desespero. Os sinais da Nação Capella marcam sutilmente os arredores, indicando que este seria um local perigoso para qualquer Procyon, embora eles tenham seus próprios meios de vir para este local amaldiçoado.

Um leve zunido precede o teletransporte que traz Gilriel ao mesmo ambiente. Cuido para não estar no mesmo local onde ela vai aparecer, denunciada pela água sobre o solo, que parece ser separada pelo próprio ar no local onde seus pés irão pousar. Sabe-se lá o que a tecnologia antiga vai fazer se uma pessoa estiver no local onde outra vai surgir... algum dia encontro duas vítimas para o teste... até lá, manterei o cuidado.

Preparados e já com todos os selos de proteção ativos, subimos em nossas Pranchas Astrais em preparação à corrida por vir. Passamos entre os Mossites e Nolls Parasitados, flutuando sobre a água que, misturada com a espessa gosma verde que escorre das árvores, forma verdadeiras piscinas de toxinas sobre o solo pantanoso. Nem o terror alado de lâminas e venenos que é o Mossite, nem a agressividade e velocidade dos Nolls nos detêm. Passamos pelas primeiras pontes sem paradas para descanso, seguindo mais para dentro da mata e passando pelos Gnolls, Ogros e Trolls Parasitados. Depois de evitarmos a colônia de Viants, tendo de lutar com apenas um, enfrentamos e derrotamos o Minotauro Parasitado que guarda a ponte do lugar. Seguindo o caminho por várias outras curvas, chegamos ao nosso destino, onde nos encontraremos com os outros: O Lar das Ectofolhas.


03.07.08 - Floresta Mutante - Lar das Ectofolhas

De acordo com os comunicados recebidos, encontramos aqui outros membros da Guilda: Scrotcho e Ayrios. Ambos estão ilesos e tão prontos para o combate quanto nós. A área é um pouco mais ampla e com acessos demais para ser de fácil defesa. Ainda assim, conseguimos atrair um número controlável de Ectofolhas, eventualmente acompanhadas de uma daquelas aberrações vegetais de aparência eqüina, os Brannies. Pouco tempo após começarmos, chega Irenne, sob pesado ataque das plantas venenosas. Conseguimos acolhê-la com sucesso e continuamos, com força redobrada, nossa limpeza do local.

Postados tanto dentro quanto fora do abrigo, ocupando durante quase todo o tempo a encruzilhada, cuidamos de todos os ninhos de plantas ao mesmo tempo. Membros da Guilda BlackLabelSociety aparecem e parecem considerar suas opções. Sabiamente, optam por buscar outro local ao invés de tentar ficar. Decisão correta, pois estaríamos em um número grande demais para um espaço tão exíguo. Não haveria como evitar errar alguma das plantas, atingindo acidentalmente algum deles e vice-versa.

Passadas algumas horas de combate, vamos nos cansando e, um a um, voltamos à Porto Lux, digitando às pressas o código correspondente para evocar a tecnologia de teleporte. O saldo da caçada só pode ser medido em pedaços de planta, trocados pela respectiva quantia em Alz, além de uma valiosa Platina Bruta, guardada por Irenne para manufaturar sua próxima Chave Real.


03.07.08 - Porto Lux - Praça da Colônia

Passo mais algum tempo cuidando dos afazeres da Guilda. Executo tarefas de rotina enquanto ouço os reportes de cada um, recebendo de volta, com grande alegria, o desaparecido Guardião Lubomir. Ouço a respeito de suas aventuras e dos eventos que transcorreram com todos durante os últimos dias que se passaram. Não consigo evitar as gargalhadas ao saber sobre as emboscadas que a Guilda Claymore esteve armando para o jovem Quieve. Emito meu parecer, liberando nossos membros para responder à altura qualquer agressão e permitindo, inclusive, ataques preemptivos.

Terminadas as tarefas, volto-me para meu Armazém pessoal e cuido de separar ingredientes alquímicos para aplicar, em conjunto com o Transmutador. Dedico-me, agora, ao refinamento necessário para transformar Pedras Transparentes em Poções de Reflexo. Infelizmente, minha tarefa é interrompida pela falta dos Discos Alquímicos de Fogo necessários para refinar as poções em suas versões concentradas de segundo grau. Insatisfeito, recolho-me ao quarto alugado na própria colônia e preparo-me para descansar. Mais um dia terminou.

Nenhum comentário: